quarta-feira, 20 de junho de 2007

PROJETO DE FORMAÇÃO PASTORAL

Diocese de Cachoeiro de Itapemirim – ES Fevereiro de 2007
Projeto Pastoral de Formação
Formulação e Coordenação: Pe João Batista Maroni

Destinatários: Toda a Igreja Diocesana de Cachoeiro de Itapemirim: agentes pastorais, Ministros ordenados e não ordenados, diáconos, padres, comunidades eclesiais, pastorais, movimentos e associações religiosas, católicos batizados que não participam da vida de Igreja e demais pessoas que desejam seguir Jesus Cristo, como católicos.Obs: Este projeto diz respeito estritamente à formação. Foi apreciado e aprovado em reunião do Conselho de Pastoral Diocesano (CPD), em 24 de fevereiro de 2007.
Deverá ser estudado e aprimorado pelos destinatários acima.

01. Diocese de Cachoeiro de Itapemirim – 50 anos de EvangelizaçãoTantas foram as bênçãos e as graças recebidas de Deus nestes 50 anos de Igreja Diocesana.
Desde seu primeiro momento de existência em suas primeiras Paróquias, Comunidades, Trabalhos Pastorais, Anúncio do Evangelho, e tantas outras formas de Ser e Fazer, nossa Igreja Diocesana sempre buscou Evangelizar. Pelos frutos se conhece a árvore. Hoje colhemos uma multidão de frutos. Eles próprios dão testemunho de nossa história. São 40 (Quarenta) Paróquias, num total aproximado de 1.000 (Mil) Comunidades Eclesiais; São inúmeras as Pastorais, os Movimentos e Associações a serviço da caridade e da Evangelização; inúmeros também os Círculos Bíblicos, presentes em todos os cantinhos de nossa Diocese; numerosos são os agentes pastorais, ministros da palavra e da distribuição da Eucaristia, diáconos, padres e tantos outros apóstolos a serviço da Igreja – um verdadeiro exército empenhado no serviço ao apostolado.A vida de nossa Igreja Diocesana é alicerçada e enraizada nas Comunidades Eclesiais, lugar geográfico e humano onde acontece a “rotina” da vida de fé, tendo como principal centro a Eucaristia e a Celebração Dominical da Palavra, com a distribuição da Eucaristia. A Comunidade Eclesial é a “Igreja em pequeno” contendo em si todo o Mistério do “Ser Igreja” Una, Santa, Católica e Apostólica.Nossa “rotina de vida de fé” se dá, por excelência, nas Comunidades Eclesiais. Faz parte dessa rotina: a participação nas celebrações Eucarísticas (mensais, quinzenais ou semanais), a celebração dos demais sacramentos na própria comunidade, o engajamento numa pastoral, movimento ou associação religiosa, a participação no círculo bíblico, no grupo de oração e o incentivo ao engajamento e participação do cristão num movimento leigo, secular de transformação da sociedade. Por tudo isto, temos a alegria de dizer que todo católico que pertence a uma comunidade eclesial tem a oportunidade de participar de pelo menos das Celebrações Dominicais e das Eucaristias, como também de se engajar numa pastoral, movimento ou associação da própria Igreja. A forma de organização e a vida de fé de nossas Comunidades Eclesiais facilitam a “pertença” dos cristãos católicos à sua Igreja.A maioria de nossas Comunidades possui seu Templo Celebrativo, construído pelo esforço e dedicação da própria comunidade.Tudo isso é motivo de se louvar a Deus, agradecendo-Lhe por tão grandes graças. Tudo é motivo para também sermos agradecidos uns aos outros, e aos nossos antepassados, por tudo o que cada um fez por esta tão importante obra.
REFLEXÃO COMPLEMENTAR:
• O que você acrescenta a mais, como vida de nossa Igreja Diocesana?
• Rezemos Sl 83(84):

• - Quão amável, ó Senhor, é vossa casa,quanto a amo, Senhor Deus do universo!- Minha alma desfalece de saudadese anseia pelos átrios do Senhor!- Meu coração e minha carne rejubilame exultam de alegria no Deus vivo!- Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa,e a andorinha ali prepara o seu ninho,para nele seus filhotes colocar;- vossos altares, ó Senhor Deus do universo!Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!- Felizes os que habitam vossa casa;para sempre haverão de vos louvar!- Felizes os que em vós têm sua força,e se decidem a partir quais peregrinos!

02. Avanços e Limites

O nosso jeito de ser Igreja é tido por todos como um grande avanço. As pequenas Comunidades Eclesiais conseguem fazer a Igreja presente em todos os cantinhos da Diocese, seja na área rural, como em praticamente todos bairros e ruas das pequenas e grandes cidades. As pequenas Comunidades Eclesiais se multiplicaram e continuam se multiplicando em nossas paróquias, chegando a um número aproximado de mil. Os Círculos Bíblicos têm sido o meio mais próximo e eficaz da Igreja entrar nas casas e estar com a família ou com alguns membros da família em oração e reflexão. As Pastorais, os Movimentos e Associações têm sido uma tentativa de evangelizar, preparar para os Sacramentos e atender as necessidades espirituais e materiais dos membros da Comunidade, dos que são católicos e não participam da Comunidade, como também dos que não são católicos. O empenho na oração, a dedicação ao apostolado, a vida de fé de muitos fiéis é um testemunho vivo de santidade em nossa Igreja Diocesana. Podemos dizer que avançamos atendendo as exigências de nosso tempo, e acima de tudo motivados pelo ardor e impulso da Palavra de Deus. Procuramos, dentro de nossas limitações, colocar em prática o Concílio Vaticano II, e os demais apelos e ensinamentos da Igreja Universal e da CNBB.A História dos 50 anos de vida de nossa Diocese pode ser considerada como um grande avanço.

REFLEXÃO COMPLEMENTAR:

• Que outras realidades ou fatos pastorais você considera avanços em nossa Igreja Diocesana?

• Rezemos Sl 117(118):- Daí graças ao Senhor, porque ele é bom!“Eterna é a sua misericórdia!”- A casa de Israel agora o diga:“Eterna é a sua misericórdia!”- A casa de Aarão agora o diga:“Eterna é a sua misericórdia!”- Os que temem o Senhor agora o digam:“Eterna é a sua misericórdia!”
Contudo, muito ainda são nossos limites. Reconhecê-los significa disposição e coragem de enfrentá-los para superá-los. No momento atual, podemos destacar:
Colocar o “relógio da Igreja à altura do relógio da História” (Expressão de João XXIII, preparando o Concílio Vaticano II). “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Vaticano II, n° 200).Havemos de conceber que falta-nos muito para entender e acolher o homem de hoje em suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias. Vale destacar aqui os jovens e adolescentes, categorias mais influenciadas pelos meios de comunicação e pelos costumes e paradigmas pós-modernos.O homem pós-moderno não é mais aquele que puramente aceita os princípios e prescrições de instituições tradicionais como a família e a religião e segue-nos como normas de vida. O homem pós-moderno é aquele que segue como norma de vida sua própria individualidade. Entender esse homem, comunicar-se com ele, acolhê-lo e ajudá-lo construir sua identidade cristã tem sido um grande desafio para nossa Igreja;
Formar e manter vivo o verdadeiro espírito de discipulado em nosso agentes e lideranças de Comunidades Eclesiais. Muito se faz, muito se trabalha. Nota-se, às vezes, cansaços, desgastes e desistências em nossas lideranças de Comunidades. O apostolado está em alta, mas, em muitos casos, falta o entusiasmo e a motivação de discípulo. Estamos mais no “fazer” do que no “ser”. Muitos já entram para a vida de comunidade no apostolado, sem passar pelo discipulado. Conseguir formar e manter verdadeiros discípulos tem sido um outro grande desafio para nossa Igreja;
Promover uma Catequese de profunda e irrevogável adesão à Pessoa de Jesus Cristo e seu Evangelho, para uma conseqüente vida de fé. Nossa Catequese tem sido basicamente sacramentalista e institucional. Sacramentalista por unicamente ocupar-se em preparar o catequisando para receber o Sacramento. Institucional por prepará-lo para participar da Comunidade motivado muitas vezes, somente pelo engajamento num trabalho pastoral. Uma catequese querigmática tem sido nosso outro grande desafio;Promover uma catequese de progressivo crescimento na fé. Essa é uma proposta do Diretório da Vida Sacramental que ainda não se deslanchou;
Situar e definir o conteúdo do anúncio missionário para aqueles que estão fora da Igreja;
Não temos claro e definido o conteúdo do Primeiro Anúncio. Esse também é um limite a ser ultrapassado;
Formação adequada de FÉ e VIDA que leve os cristãos a atuarem na estrutura social e política, como fermento de transformação. Formar verdadeiros cristãos para uma verdadeira ação no mundo secular tem sido desafiante para nossa Igreja;Promover a Espiritualidade Libertadora própria da Comunidade Eclesial: “Seguir Jesus no compromisso com os Excluídos”, conforme o 11° Intereclesial de CEBs, ano 2005. Promover uma Espiritualidade madura e aprofundada da Palavra de Deus e dos Sacramentos que leve a todos a um constante abastecer-se do Mistério de Deus em Jesus Cristo e no Espírito Santo. Não temos conseguido beber com profundidade a riqueza que são próprias da Palavra de Deus e dos Sacramentos. Em muitos casos não ultrapassamos os ritos e as tradições;Apresentar o Querigma, enquanto “objeto” da própria Igreja. Talvez seja essa a primeira e a principal carência na formação do discipulado;Formação para uma “fé revolucionária” que não seja como um verniz aplicado sobre uma madeira, mas que transforme por dentro nossas estruturas sociais, econômicas, políticas e de relações em geral. Uma fé que seja capaz de acreditar na própria conversão do capitalismo, ou que seja capaz de construir sistemas alternativos de vida social, econômica, política e de relação entre as pessoas;Adequar nosso discurso bíblico e teológico, nossa palavra de fé e conforto, os aconselhamentos pessoais e pastorais, as homilias e até mesmo o sacramento da confissão ao verdadeiro acolhimento do momento existencial das pessoas que os buscam. Talvez seja aí que mais pecamos no acolhimento. A pessoa que nos escuta em nossas pregações, aconselhamentos e outras formas de ajuda nem sempre sentem-se acolhidas em sua alegria, dor ou sofrimento, porque nosso discurso, às vezes, pouco lhe diz respeito.
Como adequar a mensagem da Palavra de Deus ao momento existencial das pessoas, para que elas também se sintam, acolhidas pela Palavra?
Como fazer isso sem descaracterizar ou diminuir a força da Palavra enquanto mensagem e proposta de Deus para a vida?
Eis outro grande limite a ser vencido;Aprofundar a fé baseada na tradição e na Religiosidade Popular para uma madura e consciente adesão a Pessoa de Jesus e seu Evangelho. Oferecer conteúdo, metodologia e acompanhamento para isso tem sido um grande desafio;Construção de um projeto de vida à Santidade. A santidade é dom de Deus e construção humana. Oferecer elementos, acompanhar e ajudar no crescimento dessa construção tem sido outro grande desafio para nossa Igreja;A existência de espaços e instâncias para a reflexão, a partilha e o crescimento do “SER CRISTÃO” que implica o ser pessoa como um todo. Temos muito espaço para refletir e cobrar o “fazer” (as pastorais, por exemplo) e pouquíssimos espaços para refletir e partilhar o “Ser Cristão”. Eis aí outro desafio a ser vencido;Agentes Pastorais especializados para o agir na cidade. A cidade tem características próprias. Embora nossas cidades sejam relativamente pequenas, elas são afetadas pela mentalidade de cidades grandes, no que diz respeito ao relacionamento e à formação de valores. Isso tem ocorrido principalmente com a família e a juventude. Entender essa realidade para um bom agir pastoral tem sido outro grande desafio para nós.
REFLEXÃO COMPLEMENTAR:

• O que mais podemos apresentar como limite ou desafio no campo da formação?
• Rezemos Sb 9, 1-6.9-11:
(Oração de Salomão para pedir Sabedoria)
- Deus de meus pais, Senhor bondoso e compassivo,vossa Palavra poderosa criou tudo,- vosso saber o ser humano modeloupara ser rei da criação que é vossa obra,- reger o mundo com justiça, paz e ordem,e exercer com retidão seu julgamento:- Dai-me vossa sabedoria, ó Senhor,sabedoria que partilha o vosso trono.- Não me excluais de vossos filhos como indigno:sou vosso servo e minha mãe é vossa serva;- sou homem fraco e de existência muito breve,incapaz de discernir o que é justo.- Até mesmo o mais perfeito dentre os homensnão é nada, se não tem vosso saber.- Mas junto a vós, Senhor, está a sabedoria,que conhecer as vossas obras desde sempre;- convosco estava ao criardes o universo,ela sabe o que agrada a vossos olhos,o que é reto e conforme às vossas ordens.- enviai-a lá de cima, do alto céu,mandai-a vir de vosso trono glorioso,- para que esteja junto a mim no meu trabalhoe me ensine o que agrada a vossos olhos!- Ela, que tudo compreende e tudo sabe,há de guiar meus passos todos com prudência,com seu poder há de guardar a minha vida.

03. “Levanta-te e, come, porque tens ainda uma grande estrada a percorrer”Nossos avanços não são para nossa vaidade, mas para a glória de Deus. Nossos limites não são para abater-nos no desânimo, mas para fazer-nos lançar as redes em águas mais profundas, mostrando-nos o poder de Deus que age.Temos, pois, um grande caminho a percorrer. Não podemos ficar para trás na História. Ninguém é mais atualizado na História dos homens do que o próprio Deus. Seu relógio sempre está à altura do relógio da Humanidade. Para cada situação e cada momento Ele tem a resposta completa e acertada. O “relógio” da Igreja há de ser o “relógio” de Deus, acertado com os tempos do homem de hoje, do amanhã e de sempre.

04. A Formação do Discipulado como uma resposta pastoral a ser somada à outras respostas.“...avança para águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca. Simão respondeu: Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra vou lançar as redes. Assim fizeram e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se rompiam” (Lc 5,4-6)Esse foi o Evangelho do V domingo do tempo comum, 04 de fevereiro deste ano de 2007. Esse primeiro domingo de fevereiro é sempre muito significativo para nossa Diocese, pois estamos voltando das férias. Olhamos, como Deus nos espera na volta de nossas férias: conosco no barco, mandando lançar as redes em águas mais profundas. É bom demais ouvir esse mandato do Senhor no início de um tempo de trabalho, embora, talvez possamos estar como Simião, cansados de lançar as redes, e pouco peixes pescar.É com a obediência de Simão que queremos propor esse projeto de Formação. Quem haverá de ditá-lo não são os nossos cansaços e desânimos, mas o Senhor: “...em atenção à tua Palavra vamos lançar as redes”. As águas mais profundas são os próprios Mistérios do Senhor, sua vida, morte e ressurreição, presentes na Igreja. As águas mais profundas é o coração de cada homem e de cada mulher, de cada jovem, de cada idoso, de cada criança que hão de ser atingidos pela nossa Evangelização; As águas mais profundas é o coração da sociedade e do mundo, lá onde são tomadas as decisões que afetam a vida do nosso povo; As águas mais profundas é o coração da cidade e do campo, é o coração da Política, dos Negócios, da Educação, da Saúde, do Comércio, da Segurança e de tantos outros lugares onde vivem e transitam os filhos de Deus; As águas mais profundas são os Mistérios desta vida e da vida futura, vividas na fé em Cristo Ressuscitado. Avancemos, pois, às águas indicadas pelo Senhor. Avancemos, pois, em obediência a sua Palavra, ao seu mandato.Em que avançar. O Projeto de Formação e Evangelização propõe-se a trabalhar com aquilo que temos e aquilo que somos. “Mas, não temos, senão cinco pães e dois peixes” (Mt 14,17). São esses pães e esses peixes que queremos apresentar ao Senhor para que sejam multiplicados e possam matar a fome da multidão. Ei-los:Formular e oferecer o anúncio Querigmático da Igreja a todos os agentes pastorais e ministros ordenados e não ordenados, como forma de conversão e renovação da adesão a pessoa de Jesus Cristo e seu Evangelho, e renovação do Batismo e da Confirmação;Formular de forma esquemática e metodológica o Querigma enquanto algo da Igreja O querigma, como primeiro anúncio sempre foi algo da Igreja, enquanto tal. Contudo, não o encontramos de forma esquemática e metodológica, como encontramos o conteúdo e o esquema da Catequese. Desde Constantino, século IV, o Querigma formulado e esquematizado foi sendo substituído pela tradição da cristandade, isto é, o Primeiro Anúncio para a adesão à fé passou a ser feito pelos próprios costumes e cultura de uma sociedade toda cristã. E assim veio acontecendo por muitos séculos. Na literatura cristã católica de hoje encontramos a formulação do Querigma feita por alguns movimentos da Igreja, como a Renovação Carismática Católica e o Cursilho de Cristandade. Não o encontramos como algo formulado e esquematizado pela Igreja oficial como a catequese de preparação para os sacramentos, que contém além de amplo material, diretrizes e diretório;Oferecer, em forma de folderes (como os da Campanha de Evangelização, no Advento) conteúdo formativo querigmático e catequético à assembléia Dominical das Missas e das Celebrações da Palavra;Justificativa: Os católicos que participam da Igreja somente indo as celebrações dominicais têm também o direito de serem evangelizados. Eis o principal objetivo desse trabalho. Os folderes deverão ser compostos da forma pedagógica que levem as pessoas a um aprofundamento da fé em sua própria casa, durante a semana, com estudo, reflexão e oração;Oferecer cursos de diversas modalidades sobre fé e cidadania:Objetivo: Formar o católico para o exercício cristão da cidadania na política: poderes legislativo, executivo e judiciário; associação de moradores; grêmios estudantis; coordenação de trabalhos sociais e humanitários; movimentos populares; orçamento participativo; economia solidária e tantas outras formas de exercício da cidadania.

Destinatários: Homens, mulheres, jovens com aptidão para esse tipo de liderança.Construir com conteúdo e metodologia um projeto de educação contínua da fé na perspectiva do discipulado que dê continuidade as já existentes catequeses de preparação para os sacramentos, tendo em vista a perseverança e o amadurecimento da fé para a vivência do discipulado e a ação no apostolado.

Objetivo: A educação contínua da fé “forma um arco que vai desde antes do nascimento de um novo ser humano, até que, não mais pela fé, e sim pela visão. Contemple tudo o que acreditou na face a face feliz com Deus” (Diretório da Vida Sacramental, n° 44).

O projeto de educação contínua da fé pretende situar a catequese de preparação para os sacramentos, as Escolas de Teologia e Pastoral, as Missões, a Pastoral da Juventude e dos Adolescentes e tantos outros, dentro de um processo contínuo de educação na fé.

Destinatários: Todos os membros de nossas comunidades eclesiais.Auxiliar a Catequese de Preparação para os sacramentos a introduzir o Querigma como pré-catequese, seja para crianças ou adultos;
Justificativa: Inúmeros são os adultos e as crianças que recebem um conteúdo catequético sem terem recebido o primeiro anúncio de conversão e adesão a pessoa de Jesus, o Querigma. Supomos que esse anúncio tem sido feito pela família ou pelo ambiente social cristão, mas isso não tem acontecido, e se o tem não tem sido com a total força que dele advém. Supomos que a não perseverança daqueles que receberam os sacramentos da Eucaristia e da Crisma possa advir, em grande parte, da falta do Primeiro Anúncio.Propor uma reformulação no conteúdo e metodologia das Escolas de Teologia e Pastoral na linha da educação contínua da fé na perspectiva do discipulado. Situar a Escola de Teologia no conjunto da Catequese contínua. Objetivo: Situar os estudos teológicos no conjunto de educação contínua da fé. Numa ordem contínua de Evangelização, a teologia vem depois da catequese e não é necessariamente para todos, mas para aqueles que a desejarem. Contudo, constata-se que há casos, e não poucos, de pessoas se ingressarem numa Escola de Teologia e Pastoral sem terem passado pela catequese ou terem recebido o Primeiro Anúncio.Propor um conteúdo Querigmático para as Missões Populares e também situá-las no conjunto da educação contínua da fé. O conteúdo principal da Missão é o Primeiro Anúncio, e não somente o convite para participar da Comunidade ou para receber um Sacramento. O Primeiro Anúncio é o amor de Deus; a salvação; a conversão; a adesão a Jesus; o novo nascimento.Propor aos agentes de Pastorais e Ministros não ordenados uma Espiritualidade própria do discípulo, com conteúdo, metodologia, formação contínua, retiros, partilha de vida, a Liturgia das Horas (adaptada).Os Movimentos e associações religiosas têm sua espiritualidade própria. Oferecem a seus membros até mesmo um manual de orientações, orações, reflexões e ações. Isso compõe uma identidade própria para o Movimento, a Associação e seus membros. Propomos construir algo assim para os agentes pastorais e ministros não ordenados. Há de ser a Espiritualidade do discipulado, da Comunidade, da Igreja.Aprimorar os já existentes trabalhos de Pastoral da Escuta e Aconselhamento e formar novos agentes para esse trabalho.Justificativa: A necessidade e a importância da Pastoral da Escuta e Aconselhamento para os nossos tempos. Essa é uma das grandes formas de acolhimento para as pessoas de hoje. Essa pastoral além de conter um profundo e seguro conteúdo espiritual, há de contar com um amplo conteúdo da psicologia, da antropologia, da sociologia e outras disciplinas afins.Deus nos ajude e nos instrua com a sabedoria de seu Santo Espírito.

Cachoeiro de Itapemirim, 24 de Fevereiro de 2007, estudado e aprovado em reunião do Conselho de Pastoral Diocesano.

Pe João Batista Maroni.

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